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3ºANO | Unid.3.4 | da Guerra Fria à actualidade

Planificação e Conteúdos
25horas


Conteúdos:

-Um olhar sobre o mundo na viragem do século e do milénio.
  • interdependência económica e globalização.
  • Mundos, regiões e países divididos.
-Desenvolvimento do capitalismo.
-O fim da guerra fria e o mundo unipolar.
-A nova economia mundial.
-A Europa dos cidadãos.


L1.2. Aceleração da mundialização da economia a partir de 1945.


A mundialização económica
Os países sempre estabeleceram relações entre si, pelo menos trocavam as mercadorias em excesso. Esse processo de trocas intensificou-se ao longo dos tempos, pois actualmente tudo circula: matérias-primas, produtos, serviços, pessoas e capitais. O Mundo está com as fronteiras mais abertas e está mais interdependente. Esta aceleração e intensificação das trocas a nível mundial designa-se de " O processo de mundialização da economia", criação de um mercado mundial, intensificou-se a partir dos Descobrimentos (séculos XV e XVI).
A Internacionalização e mundialização da economia
Entre 1945 e a década 70 do século passado, as trocas, intensificaram-se, ou seja, a economia internacionalizou-se, passando os Estados Unidos a partilhar a hegemonia económica a nível mundial com a União Europeia e o Japão. Esta aceleração das trocas a nível mundial, que se costuma  designar por mundialização ou internacionalização as empresas. As empresas começaram a alargar o âmbito da sua participação nos mercados externos, como tecnologia nomeadamente exportando e relizando investimentos directos no exterior, sozinhas ou através de alianças estratégicas – empresas multinacionais. A multinacionalização da economia consiste na transferência  e deslocalização de recursos - capital e trabalho - de uma economia para outras. A internacionalização e a multinacionalização da economia começam a dar origem a uma crescente integração nas diferentes partes do mundo, processo que se vai intensificar a partir da década de
70 do século XX.

L3.4. As multinacionais. Globalização.
o caso Toyota.


Globalização
A globalização é um dos processos de aprofundamento da integração económica, social, cultural, política, com o desenvolvimento dos meios de transporte e comunicação dos países do mundo e teve sua maior expansão no final do século XX e início do século XXI. É um fenómeno gerado pela necessidade da dinâmica do capitalismo de formar uma aldeia global que permita maiores mercados para os países centrais (ditos desenvolvidos), cujos mercados internos já estão saturados. O processo de Globalização diz respeito à forma como os países interagem e aproximam pessoas, ou seja, interliga o mundo, levando em consideração aspectos económicos, sociais, culturais e políticos. Com isso, gerando a fase da expansão capitalista, onde é possível realizar transacções financeiras, expandir seu negócio até então restrito ao seu mercado de actuação para mercados distantes e emergentes, sem necessariamente um investimento alto de capital financeiro, pois, a comunicação no mundo globalizado permite tal expansão, porém, obtém-se como consequência o aumento acirrado da concorrência.
História
A globalização é um fenómeno capitalista e complexo que começou na época dos Descobrimentos e que se desenvolveu a partir da Revolução Industrial. Mas o seu conteúdo passou despercebido por muito tempo, e hoje, muitos economistas analisam a globalização como resultado do pós Segunda Guerra Mundial, ou como resultado da Revolução Tecnológica.
Sua origem pode ser traçada do período mercantilista iniciado aproximadamente no século XV e durando até o século XVIII, com a queda dos custos de transporte marítimo, e aumento da complexidade das relações políticas europeias durante o período. Este período viu grande aumento no fluxo de força de trabalho entre os países e continentes, particularmente nas novas colónias europeias.
Já em meio à Segunda Guerra Mundial surgiu, em 1941, um dos primeiros sintomas da globalização das comunicações: o pacote cultural-ideológico dos Estados Unidos incluía várias edições diárias de O Repórter Esso, uma síntese noticiosa de cinco minutos rigidamente cronometrados, a primeira de carácter global, transmitido em 14 países do continente americano por 59 estações de rádio, constituindo-se na mais ampla rede radiofónica mundial.
É tido como início da globalização moderna o fim da Segunda Guerra Mundial, e a vontade de impedir que uma monstruosidade como ela ocorresse novamente no futuro, sendo que as nações vitoriosas da guerra e as devastadas potências do eixo chegaram à conclusão que era de suma importância para o futuro da humanidade a criação de mecanismos diplomáticos e comerciais para aproximar cada vez mais as nações uma das outras. Deste consenso nasceu a Organização das Nações Unidas, e começou a surgir o conceito de bloco económico. Pouco após isso houve a fundação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço - CECA.
A necessidade de expandir seus mercados levou as nações aos poucos começarem a se abrir para produtos de outros países, marcando o crescimento da ideologia económica do liberalismo.
Actualmente os grandes beneficiários da globalização são os grandes países emergentes, especialmente o BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), com grandes economias de exportação, grande mercado interno e cada vez maior presença mundial. Antes do BRIC, outros países fizeram uso da globalização e economias voltadas a exportação para obter rápido crescimento e chegar ao primeiro mundo, como os tigres asiáticos na década de 1980 e Japão na década de 1970.
A globalização das comunicações tem sua face mais visível na internet, a rede mundial de computadores, possível graças a acordos e protocolos entre diferentes entidades privadas da área de telecomunicações e governos no mundo. Isto permitiu um fluxo de troca de ideias e informações sem critérios e sem precedentes na história da humanidade. Se antes uma pessoa estava limitada a imprensa local, agora ela mesma pode se tornar parte da imprensa e observar as tendências do mundo inteiro, tendo apenas como factor de limitação a barreira linguística.
Outra característica da globalização das comunicações é o aumento da universalização do acesso aos meios de comunicação, graças ao baixo preço dos aparelhos, principalmente telemóveis e os de infra-estrutura para as operadoras, com aumento da cobertura e incremento geral da qualidade graças à inovação tecnológica. Hoje uma inovação criada no Japão pode aparecer no mercado português em poucos dias e virar sucesso de mercado. Um exemplo da universalização do acesso a informação pode ser o próprio Brasil, hoje com 42 milhões de telefones instalados, e um aumento ainda maior de número de telemoveis em relação à década de 80, ultrapassando a barreira de 100 milhões de aparelhos em 2002.
Redes de televisão e imprensa multimédia em geral também sofreram um grande impacto da globalização. Um país com imprensa livre, hoje em dia pode ter acesso, alguma vezes por televisão por assinatura ou satélite, a emissoras do mundo inteiro, desde NHK do Japão até Cartoon Network americana. Pode-se dizer que este incremento no acesso à comunicação em massa accionada pela globalização tem impactado até mesmo nas estruturas de poder estabelecidas, com forte conotação a democracia, ajudando pessoas, antes alienadas a um pequeno grupo de radiodifusão de informação, a terem acesso a informação de todo o mundo, mostrando a elas como o mundo é, e se comporta. Mas infelizmente este mesmo livre fluxo de informações é tido como uma ameaça para determinados governos ou entidades religiosas com poderes na sociedade, que tem gasto enorme quantidade de recursos para limitar o tipo de informação que seus cidadãos têm acesso.
Na China, onde a internet tem registado crescimento espectacular, já contando com 136 milhões de usuários graças à evolução, iniciada em 1978, de uma economia centralmente planejada para uma nova economia socialista de mercado, é outro exemplo de nação notória por tentar limitar a visualização de certos conteúdos considerados "sensíveis" pelo governo, como do Protesto na Praça Tiananmem em 1989, além disso, em torno de 923 sites de noticias ao redor do mundo estão bloqueados, incluindo CNN e BBC, sites de governos como Taiwan também são proibidos o acesso e sites de defesa da independência do Tibete. O número de pessoas presas na China por "acção subversiva" por ter publicado conteúdos críticos ao governo é estimado em mais de 40 ao ano. A própria Wikipédia já sofreu diversos bloqueios por parte do governo chinês.
No Irão, Arábia Saudita e outros países islâmicos com grande influência da religião nas esferas governamentais, a internet sofre uma enorme pressão do estado, que tenta implementar diversas vezes barreiras e dificuldades para o acesso a rede mundial, como bloqueio de sites de redes de relacionamentos sociais como o MySpace, faceboock bloqueio de sites de noticias como CNN e BBC. Acesso a conteúdo erótico também é proibido.

Qualidade de vida

Londres, é considerada hoje, a cidade mais globalizada do planeta.
O acesso instantâneo de tecnologias, principalmente novos medicamentos, novos equipamentos cirúrgicos e técnicas, aumento na produção de alimentos, têm causado nas últimas décadas um aumento generalizado da longevidade dos países emergentes e desenvolvidos. De 1981 a 2001, o número de pessoas vivendo com menos de 1 dolar por dia caiu de 1,5 biliões de pessoas para 1,1 bilião, sendo a maior queda da pobreza registada exactamente nos países mais liberais e abertos a globalização.
Na China, após a flexibilização de sua economia comunista, centralmente planeada, para uma nova economia socialista de mercado e uma relativa abertura de alguns de seus mercados, a percentagem de pessoas vivendo com menos de 2dolares caiu 50%, contra um aumento de 2,2% na África subsaariana. Na América Latina, houve redução de 22% das pessoas vivendo em pobreza extrema de 1981 até 2002.
Embora alguns estudos sugiram que actualmente a distribuição de renda ou está estável ou está melhorando, sendo que as nações com maior melhora são as que possuem alta liberdade económica pelo Índice de Liberdade Económica, outros estudos mais recentes da ONU indicam que "a 'globalização' e 'liberalização', como motores do crescimento económico e o desenvolvimento dos países, não reduziram as desigualdades e a pobreza nas últimas décadas".
Para o prémio Nobel em economia Stiglitz, a globalização, que poderia ser uma força propulsora de desenvolvimento e da redução das desigualdades internacionais, está sendo corrompida por um comportamento hipócrita que não contribui para a construção de uma ordem económica mais justa e para um mundo com menos conflitos. Esta é, em síntese, a tese defendida no livro A globalização e seus malefícios: a promessa não-cumprida de benefícios globais.
Críticos argumentam que a globalização fracassou em alguns países, exactamente por motivos opostos aos defendidos por Stiglitz: Porque foi refreada por uma influência indesejada dos governos nas taxas de juros e na reforma tributária.

Efeitos na indústria e serviços

Os efeitos no mercado de trabalho da globalização são evidentes, com a criação da modalidade de empregos para países com mão-de-obra mais baratas para execução de serviços que não são necessárias alta qualificação, com a produção distribuída entre vários países, seja para criação de um único produto, onde cada empresa cria uma parte, seja para criação do mesmo produto em vários países para redução de custos e ganhar vantagem competitiva no acesso de mercados regionais.
O ponto mais evidente é o que o colunista David Brooks definiu como "Era Cognitiva", onde a capacidade de uma pessoa em processar informações ficou mais importante que sua capacidade de trabalhar como operário em uma empresa graças a automação, também conhecida como Era da Informação, uma transição da exausta era industrial para a era pós-industrial.
A globalização aumenta o ritmo das mudanças destrutivas nos meios de produção, tendendo a um aumento de tecnologias limpas e sustentáveis, apesar que isto irá requerer uma mudança de atitude por parte dos governos se este quiser continuar mundialmente relevante, com aumento da qualidade da educação, do uso de novas tecnologias e investir em pesquisa e desenvolvimento de ciências revolucionárias ou novas como nano tecnologia ou fusão nuclear. É notório também, que a globalização por si só não traz estes benefícios sem um governo pró-activo nestas questões, exemplificando o cada vez mais globalizado mercado Norte Americano (EUA), com aumento das disparidades de salários cada vez maior, e os Países Baixos, integrante da União Europeia, que se foca no comércio dentro da própria UE em vez de mundialmente, e as disparidades estão em redução.



O Caso Toyota

Foi-se o tempo em que a sala da administração ficava bem distante do chão de fábrica e fica no passado, em muitas “grandes” empresas, o pensamento de que o funcionário não entende de negócios, sendo pago apenas pela mão-de-obra corporal e não intelectual. A empresa que insiste nesse absurdo pode ser ultrapassada por empreendedores de visão, como é o caso de sucesso da montadora de automóveis japonesa Toyota.
Pela primeira vez, desde 1931, uma companhia estrangeira ousou quebrar a hegemonia da GM e se tornar a número 1 do mundo, segundo dados da revista Exame. Com uma cultura baseada na tradição, na melhoria contínua e no trabalho em grupo, a Toyota roubou a liderança da rival GM.
A "fórmula" desse sucesso é baseada em princípios e práticas bem definidos, e guia a empresa pelo caminho da criatividade - com mais de um milhão de ideias vindas de funcionários implementadas a cada ano. Na empresa japonesa, os directores gastam metade do tempo analisando ideias e projectos, enviados pelos funcionários. Além disso, nada é mais forte na Toyota do que sua cultura. Qualquer um dos 296.000 funcionários da montadora sabe exactamente quais os princípios e os valores da empresa.
De acordo com Bob Owen (2007)¹, outro factor que aponta o investimento alto feito nos funcionários é que, na montadora e em suas filiadas no mundo inteiro, os recém-contratados passam por uma preparação de cinco meses antes de assumir seu posto: 30 dias dedicados à cultura Toyota, dois meses numa fábrica, para ver de perto como os carros são produzidos, e o restante dentro de uma concessionária, porque é preciso saber o que quer o consumidor.

Elevado padrão de qualidade

Um dos princípios do Toyotismo, Jikoda, prega uma cultura de parar a produção para o conserto de problemas. Qualquer empregado tem a autonomia de interromper a produção em razão de um problema de qualidade, podendo iniciar um Kaizen. Isto deveria evitar o procedimento, observado na Ford, relacionado à detecção de problemas apenas no final da linha, que gerava grandes quantidades de retrabalho e aumentava os custos. No início, as paradas eram constantes; mas com o tempo, os problemas foram sendo corrigidos e não só a quantidade de defeitos caiu, como a qualidade geral dos produtos melhorou significativamente.

Mão-de-Obra Diferenciada

Com elementos característicos como emprego vitalício, promoções por critérios de antiguidade e participação nos lucros, Ohno realizou uma série de implementações nas fábricas. A primeira foi agrupar os trabalhadores em torno de um líder e dar-lhes responsabilidade sobre uma série de tarefas. Com o tempo, isto passou a incluir conservação da área, pequenos reparos e inspecção da qualidade. Finalmente, quando os grupos estavam funcionando bem, passaram a ser marca dos encontros para discussão de melhorias nos processos de produção.

Para atingir esse objectivo os japoneses investiram na educação e qualificação de seu povo e o Toyotismo, em lugar de avançar na tradicional divisão do trabalho, seguiu também um caminho inverso, incentivando uma actuação voltada para o enriquecimento do trabalho.
A excelência operacional da Toyota é baseada, em parte, nos métodos de melhoria da qualidade e ferramentas, tais como JIT, kaizen, fluxo unitário de peças, automação (jidoka) e nivelamento da produção (heijunka). Essas técnicas ajudaram a provocar a revolução da “produção puxada”
A gerência deve assumira responsabilidade para onde a empresa está caminhando e como ela chegará lá. Desta forma, os operários podem participar totalmente da empresa e entender claramente que eles estão investindo neles mesmos. Dentro de uma amizade, cada parte deve estar disposta a juntar a outra parte como gostaria que fosse tratada, inteligentemente e com dignidade. A amizade vai exigir ajustes tanto da parte da gerência quanto da mão-de-obra, mas as recompensas de fazer outros ajustes farão mais do que compensar as doses do crescimento temporário de passar por elas. Contudo, é a gerência que tem autoridade e energia para controlar a maneira como as pessoas são tratadas dentro da empresa, portanto, a gerência deve tomar as medidas necessárias para oferecer um clima onde apareça este tipo de cooperação.
A soma destes esforços iguala-se ao sistema Toyota de gestão, onde a integração, cooperação e motivação, proporcionam um clima favorável ao desenvolvimento de actividades de alto nível, A formação de líderes voltados para o trabalho em equipe é outra característica do bem sucedido estilo Toyota de administrar. Segundo Maximiano (2002, p. 211): Para racionalizar a utilização da mão-de-obra, a Toyota agrupou os operários em
Equipes, com um líder em vez de um supervisor. As equipes receberam um conjunto de tarefas de montagem e a missão de trabalhar colectivamente de modo a executá-las da melhor maneira possível. O líder deveria trabalhar junto com o grupo e coordena-lo,substituindo qualquer trabalhador que faltasse. O sistema Toyota de produção influencia a cultura dos seus colaboradores no ambiente organizacional através de valores, conhecimento e procedimentos comuns. Enquanto em boa parte das empresas o principal motor do crescimento é o reconhecimento do sucesso individual - que se manifesta no pagamento de bónus atrelados ao cumprimento de metas, em programa de opções de acções e na ascensão meteórica na carreira - na Toyota o que move os funcionários é a certeza de que é possível fazer mais e melhor a cada dia, o chamado Kaisen. Todos os empregados devem ser eternos insatisfeitos, buscando obsessivamente a qualidade - uma lógica que se aplica do operário ao presidente e que privilegia o trabalho em grupo.
L.5.6. A Onu | Unicef | Unesco




A Organização das Nações Unidas (ONU)
A Organização das Nações Unidas (ONU) nasceu oficialmente em 24 de Outubro de 1945, data de promulgação da Carta das Nações Unidas, que é uma espécie de Constituição da entidade, assinada na época por 51 países, entre eles o Brasil. Criada logo após a 2ª Guerra Mundial, o foco da actuação da ONU é a manutenção da paz e do desenvolvimento em todos os países do mundo.
Bem antes da fundação da ONU já haviam surgido outras organizações internacionais, relacionadas a temas específicos. A União Internacional de Telecomunicações (UIT) , na época chamada de União Internacional de Telégrafos, foi fundada em 1865; nove anos mais tarde, em 1874, surgiu a União Postal Universal (UPU) . Hoje, ambas são agências especializadas da ONU.
Em 1899, realizou-se na cidade de Haia, na Holanda, a Conferência Internacional da Paz, para elaborar instrumentos que pudessem resolver crises pacificamente, evitar guerras e desenvolver regras internacionais de convivência entre os países. Com objectivos semelhantes, foi criada a Liga das Nações, estabelecida em 1919, no Tratado de Versalhes, na França. Considerada a precursora da ONU, tinha como missão “promover a cooperação internacional e alcançar a paz e a segurança”. A entidade encerrou as actividades depois de falhar em evitar a Segunda Guerra Mundial.
A expressão “Nações Unidas”, cunhada pelo presidente norte-americano Franklin Delano Roosevelt (1882-1945), foi utilizada pela primeira vez na “Declaração das Nações Unidas”, em 1º de Janeiro de 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, quando representantes de 26 nações expressaram a intenção de continuar lutando contra os países do Eixo (Alemanha, Japão e Itália). Dois anos depois, líderes da China, da União Soviética, do Reino Unido e dos Estados Unidos esboçaram uma proposta de estatuto para uma organização internacional de países.
Antes mesmo de ser constituída oficialmente a organização, realizou-se na cidade de Bretton Woods, nos Estado de New Hampshire, nos EUA, a Conferência Monetária e Financeira das Nações Unidas, em 01/07/1944, tendo em vista as questões económicas relacionadas ao final da Segunda Guerra Mundial e ao pós-guerra. Na mesma linha, realizou-se em Washington, em 21/08/1944, a Conferência para a Organização da Paz no Mundo do Pós-Guerra.
Em 1945, representantes de 50 países reuniram-se em San Francisco, nos Estados Unidos, na Conferência das Nações Unidas para uma Organização Internacional. No encontro, foi elaborado um rascunho da Carta das Nações Unidas. A Carta foi assinada em 26 de Junho de 1945, e ratificada por 51 países em 24 de Outubro de 1945.
A missão da ONU parte do pressuposto de que diversos problemas mundiais – como pobreza, desemprego, degradação ambiental, criminalidade, Sida, migração e tráfico de drogas – podem ser mais facilmente combatidos por meio de uma cooperação internacional. As acções para a redução da desigualdade global também podem ser optimizadas sob uma coordenação independente e de âmbito mundial, como as Nações Unidas.
Actualmente, as Nações Unidas e suas agências investem, em forma de empréstimo ou doações, cerca de US$ 25 bilhões por ano em países em desenvolvimento. Esses recursos destinam-se a protecção de refugiados, fornecimento de auxílio alimentar, superação de efeitos causados por catástrofes naturais, combate a doenças, aumento da produção de alimentos e da longevidade, recuperação económica e estabilização dos mercados financeiros. Além disso, a ONU ajuda a reforçar o regime democrático em várias regiões, e já apoiou mais de 70 eleições nacionais. As Nações Unidas foram catalisadoras e promotoras de um grande movimento de descolonização, que levou à independência de mais de 80 países.



A Unesco
A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (United Nations Educational, Scientific, and Cultural Organization) – UNESCO, criada em 1945, tem como principal objectivo o de contribuir para a paz, desenvolvimento humano e segurança no mundo, promovendo o pluralismo, reconhecendo e conservando a diversidade, promovendo a autonomia e a participação na sociedade do conhecimento.
A UNESCO é a única Agência das Nações Unidas que tem um mandato específico na área do Ensino Superior.
A Direcção-Geral do Ensino Superior assegura e acompanha, a nível técnico, a participação do Ministério da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior (MCTES) neste organismo internacional.


A Unicef
O logotipo do UNICEF apresenta um adulto segurando um bebê sobrepostos em um globo. Ramos de oliveira cercam o globo. O logotipo simboliza a missão do UNICEF para todas as crianças do mundo.
Quando foi criado, em 1946, o UNICEF chamava-se Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância – em inglês, United Nations International Children's Emergency Fund. Ao tornar-se parte permanente da ONU, foi rebatizado Fundo das Nações Unidas para a Infância; no entanto, a sigla original UNICEF foi mantida.

L7.8. A União Europeia.



A União Europeia

A história da União Europeia começou na segunda Guerra Mundial, pois a seguir a guerra a Europa foi dividida entre Este e Oeste e deu-se o início da “Guerra Fria”. E as nações da Europa Ocidental criaram o Conselho da Europa, um tratado que fez com que seis países cooperassem e desejassem aprofundá-lo.
A 9 de Maio de 1950 o ministro francês de negócios estrangeiros apresentou o seu plano de cooperação aprofundado e esse dia foi dado como “Dia da Europa”. Em Abril desse mesmo ano, os seis países assinaram um tratado que coloca as indústrias pesadas do carvão e do aço sob uma autoridade comum, a partir deste tratado nenhum destes pode fabricar armas de guerra para as dirigir contra os mesmos. Os seis países são a Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e os Países Baixos.
A 25 de Março de 1957 os seis países contentes com o êxito do tratado da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço(CECA), resolveram cooperar também a nível económico e assim  assinaram o Tratado de Roma que cria a Comunidade Económica Europeia(CEE) ou “mercado comum”, cujo objectivo era a livre circulação de mercadorias, das pessoas e dos serviços entre os membros.
Em 1972 a Noruega assinou o tratado de adesão a União Europeia mas no entanto a população norueguesa rejeitou a entrada do país. Já em 1973 houve a entrada da Dinamarca, da Irlanda e do Reino Unido, em 1981 entrou a Grécia e em 1986 foi a entrada de Portugal e Espanha. Em 1994 a Noruega tentou entrar novamente mas mais uma vez a população rejeitou através de reverendos. Em 1995 entraram a Áustria, Finlândia e Suécia. Em 2004 entraram 10 países que são a República Checa, o Chipre, a Eslováquia, a Eslovénia, a Estónia, a Hungria, a Letónia, a Lituânia, a Malta e a Polónia e em 2007 entrou a Bulgária e a Roménia.

Principais características e funções das três grandes instituições da União Europeia

L9.10. Comissão Europeia

A Comissão Europeia é uma instituição politicamente independente que representa e defende os interesses da União Europeia, propõe além da política, legislação e  programas de acção, também e responsável por aplicar as decisões do Parlamento Europeu e do Conselho da União Europeia. A Comissão Europeia é quem defende e materializa o interesse geral da Comunidade Europeia. Após a aprovação do Parlamento Europeu são nomeados os membros e o presidente da Comissão pelo Conselho da União Europeia.
       
As funções da Comissão Europeia são:
·        Propor legislação ao Parlamento e ao Conselho;
·        Gerir e aplicar politicas da EU
·        Fazer cumprir a legislação Europeia
·        Representar a União internacionalmente
     

L11.12 Conselho Europeu
       
O Conselho Europeu é o órgão político mais alto da União Europeia. Este, é composto pelo governo dos países membros, pelos Chefes de Estado e com o Presidente da Comissão Europeia. A reunião é presidida pelo membro do Estado-Membro que actualmente está na presidência do Conselho da União Europeia.
O Conselho Europeu não é uma instituição oficial da União Europeia. O Conselho define a agenda política da UE pois tem sido considerado o motor da integração europeia, só tem influência de acordo com os dirigentes nacionais. O Conselho tem exercido novas funções tais como resolver questões pendentes de discussões num nível mais baixo, pode agir como um “Chefe de Estado Colectivo”, dar a confirmação formal de documentos importantes e pode também participar na negociação dos tratados.
As suas funções principais são:
        |
·        Adoptar os actos legislativos europeu, juntamente com o Parlamento Europeu
·        Celebrar acordos internacionais entre a UE e outros países ou organizações internacionais
·        Aprovar o orçamento da EU
·        Desenvolver a Política Externa e a Segurança Comum da EU
·        Coordenar a cooperação entre os tribunais e as forças policiais nacionais dos Estados-Membros

L13.14. Parlamento Europeu

O Parlamento Europeu é directamente eleito pelos cidadãos da UE para representar os seus interesses, os seus deputados são eleitos pelos cidadãos que representam. As eleições acontecem de 5 em 5 anos e todos os cidadãos da UE têm direito a votar e também podem estes apresentar-se como candidatos. O Parlamento Europeu demonstra a vontade democrática dos cidadãos da UE e representa os seus interesses nas discussões com outras instituições. Os deputados do Parlamento Europeu dividem-se em sete grupos políticos europeus que representam as perspectivas acerca da integração europeia.
As suas funções são:
        |
·        Adoptar os actos legislativos europeus
·        Controle democrático das outras instituições da EU
·        Partilha com o Conselho a autoridade do orçamento da UE

Problemas actuais da UE

Alguns dos problemas que a união europeia está a ultrapassar actualmente são as graves crises financeiras de alguns países como por exemplo a Irlanda, a Grécia e Portugal.
No caso da crise financeira na Irlanda evidencia-se que esta receberá ajuda da  UE, apesar de terem negado que estariam em negociações para que tal acontece-se.
No caso da Grécia a UE e o FMI terão de esperar mais algum tempo até receber o dinheiro que emprestaram. O primeiro-ministro admitiu que o prazo podia eventualmente prolongar-se.
No caso de Portugal, recebeu a ajuda da China, e durante um encontro em Macau foi anunciado a criação de um fundo para desenvolver as relações entre a China e os países lusófonos.

Web

http://europa.eu/abc/history/index_pt.htm





L15.16. Os produtos globais

Ficha de discussão: PRODUTOS GLOBAIS

A matéria é estarrecedora! Como pode uma empresa como a Coca-Cola tão preocupada em transmitir uma imagem de responsabilidade social (vide a entrevista do seu presidente mundial Neville Isdell na sessão entrevistas) cometer um erro tão grave!!! Fazer campanhas publicitárias com apelo de "produto saudável" água de torneira é de uma irresponsabilidade incomensurável. No mundo actual, onde a informação circula na velocidade da luz, uma empresa como a Coca-Cola não pode cometer tão grave erro, pois toda o esforço de comunicação e posicionamento de marca, sem nenhum trocadilho, vão por água abaixo. Sem falar nas possibilidade de processos. *Nota do Editor

Água da torneira vendida como mineral; alimentos infantis com o dobro do açúcar recomendado; brinquedos com chumbo; e soníferos para crianças que podem levar ao suicídio. Ficção científica? Fábricas de fundo de quintal? Não. Todos são produtos de empresas multinacionais, com presença global. A fim de denunciar o engodo a que os consumidores são submetidos, a Consumers International elegeu este ano os produtos que mais os prejudicam.

Os eleitos foram a Coca-Cola, por vender água da torneira como se fosse mineral; a Mattel, por vender brinquedos com uma quantidade de chumbo 200 vezes maior que a permitida e culpar a China por isso; a Kellogg, por vender alimentos infantis com 40% de açúcar, quando o recomendado é menos de 20%. O ganhador absoluto foi a Takeda Pharmaceuticals, pelo Rozerem — soníferos para crianças.
A campanha publicitária do medicamento foi veiculada nos Estados Unidos em 2006, sugerindo seu uso para a diminuição do stress na volta às aulas. A empresa se aproveitou de brechas na legislação americana e não mencionou nos anúncios as advertências sobre os efeitos colaterais, incluindo o possível aumento de pensamentos suicidas.

Os 400 representantes de organizações-membro presentes ao 18º Congresso Internacional da Consumers International, responsáveis pela eleição, levaram em consideração, principalmente, a falta de responsabilidade das multinacionais e o abuso da confiança dos consumidores.
Encontro discute presentes de farmacêuticas para médicos
A Coca-Cola foi obrigada a parar de vender a água Dasani na Inglaterra e desistiu de levá-la para Alemanha e França. Mas as vendas do produto estão aumentando nos EUA, e o produto está tendo grande publicidade em Argentina, Chile, México e outros países da América Latina. A unidade brasileira da empresa afirmou que não comercializa a água Dasani no país.

O presidente da Mattel foi acusado de dificultar uma investigação do Congresso americano sobre a segurança dos seus brinquedos. A Mattel no Brasil foi consultada, mas não se manifestou. A Kellogg foi votada por utilizar métodos persistentes e persuasivos dirigidos às crianças, com o intuito de vender produto com alto conteúdo de gordura, açúcar e sal. Os cereais têm até 40% de açúcar no México; na França, 33%; na Austrália, 36,5%; e na Rússia, 37%. A Kellogg do Brasil afirma que respeita a opinião e a livre manifestação de pessoas e entidades, e esclarece que, de acordo com sua política de marketing global, não faz campanhas publicitárias voltadas para crianças menores de 6 anos. A empresa diz que suas embalagens trazem informações nutricionais e reafirma seu compromisso com a boa alimentação e hábitos saudáveis.

Richard Lloyd, director-geral da Consumers International, afirmou que essas companhias multimilionárias têm de ser honestas e transparentes:
— As organizações-membro estão exigindo que essas empresas levem a responsabilidade social a sério.
Um dos assuntos discutidos no congresso foi os presentes que as companhias farmacêuticas dão aos médicos para aumentar as vendas de medicamentos. Um estudo revela que os presentes incluem condi­cionadores de ar, laptops, títulos de clubes, conferências no exterior em hotéis cinco estrelas, automóveis novos e bolsas de estudo.
— A indústria farmacêutica se aproveita da pobre regulação dos países em desenvolvimento para ga­rantir seus ganhos nos próximos 40 anos. Acreditamos que a melhor ma­neira de assegurar um tratamento racional e imparcial é proibir com­pletamente a prática de dar presen­tes aos médicos — afirmou Lloyd.

O congresso, que aconteceu de 20 de outubro 1º de novembro, teve como principais temas o consumo sustentável, a pandemia de obesidade, a ética e publicidade de me­dicamentos, e o crédito e endivida­mento dos consumidores. Na aber­tura do evento, Lloyd destacou que a entidade está se concentrando nos grandes assuntos que demandam so­luções internacionais, usando sua in­fluência para identificar abusos e le­var a cabo acções colectivas.

Paralelamente às discussões do congresso, foi realizada a assembleia geral, com a presença de 220 or­ganizações de 113 países, que elegeu o novo presidente mundial da Consumers International, Samuel Ochieng. Ele sucederá a brasileira Marilena Lazzarini, coordenadora-executiva do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

O queniano Ochieng é o primeiro presidente africano da Consumers International. Em seu discurso, ele prometeu dar continuidade ao tra­balho desenvolvido por Marilena, que reestruturou a entidade, tornan-do-a mais voltada a campanhas glo­bais e à busca de resultados efectivos nos padrões de consumo.

Representantes de empresas participam pela primeira vez
Outra novidade do congresso foi a participação de representantes do sector de alimentos (Pepsico e Uni-lever) e do sector farmacêutico (Fe­deração Internacional das Associa­ções dos Produtores farmacêuti­cos). Marcos Pó, consultor técnico do Idec, diz que as discussões foram muito abertas, e um dos pontos destacados pelos representantes das empresas foi o do poder das parcerias improváveis:
— Reconhecemos que temos um pequeno terreno em comum cercado por um mar de divergências, mas devemos ampliar sempre esse ter­reno. O Idec já vem travando alguns diálogos com as companhias no Bra­sil. Por exemplo, já conversamos com empresas de fast-food sobre o aperfeiçoamento da informação nutricio­nal e conseguimos mudanças.

O Idec foi eleito membro do Comité Executivo. Para Marilena, o congresso e a assembleia são fundamentais para dar novas energias às organizações de direitos dos consumidores.

Premio internacional aos piores produtos de 2007

Coca-Cola

Na categoria de marketing de bebida, por dar continuidade à comercialização internacional de sua água engarrafada, Dasani, apesar de admitir que a água era proveniente das mesmas fontes que a água potável distribuída nas torneiras. Retirada das prateleiras do Reino Unido, em boas vendas em EUA, Argentina, México e outros países da América Latina. Vendida como água mineral, a empresa usava apelos de marketing como "filtrada com um sistema de purificação com tecnologia de ponta", iludindo os consumidores. Segundo a Consumers International, "extrair lucros de fontes frágeis de água é insustentável e irresponsável, e vai contra os direitos básicos dos consumidores de todo o mundo"

Kellogg's


Na categoria pior alimento, a Kellogg's foi a mais votada pelo uso mundial de personagens, como o ogro Shrek, que atraem as crianças. Em 2006, a empresa gastou US$ 916 milhões em publicidade, para vender cereais compostos de até 40% de açúcar, quando o recomendado por especialistas é menos de 20%.

Mattel

Na categoria brinquedos, a mais votada foi a Mattel por criar obstáculos às investigações do Congresso dos Estados Unidos sobre a segurança dos brinquedos e por tentar transferir a responsabilidade do recall que afetou 21 milhões de produtos para os fabricantes chineses. Um dos brinquedos afectados pelo recall ocorrido este ano continha mais de 200 vezes a quantidade de chumbo, permitida nos EUA.

Takeda Pharmaceuticals

O vencedor geral foi da categoria de marketing farmacêutico, para a Takeda Pharmaceuticals, com o produto Rozerem, que são pílulas para dormir para crianças. A campanha foi veiculada nos Estados Unidos em 2006, na época das volta às aulas, e a empresa foi considerada duplamente irresponsável ao se aproveitar de brechas na legislação e por não informar no anúncio que um dos efeitos colaterais do produto era aumentar a frequência de pensamentos suicidas em pacientes depressivos.


L17.18.O papel das teconolgias da informação e o desenvolvimento das telecomunicações.


a televisão
o computador
o telemovel













L19.20. organizações internacionais e as desiguldades sociais. A pobreza.



L21.22. As grandes religiões do mundo.

O cristianismo continua a reunir a maioria dos fiéis de todo o mundo, constituindo cerca de um terço da humanidade. Os restantes 67% dividem-se entre religiões não cristãs, dentre as quais as mais importantes são o islamismo, o budismo e o hinduísmo. Mais de 28% dos cristãos concentram-se na Europa, enquanto outros 24% estão na América Latina. Só o número de Católicos ultrapassa, em 1999, a marca de 1 bilhão de adeptos, ficando em 17,5% da população do planeta, segundo a Enciclopédia Britânica. No decorrer da década de 90, os protestantes aumentam o número de adeptos em 120%. O islamismo avança nos países onde essa religião já é predominante: o crescimento é de 157% nos anos 90. As religiões orientais, como o budismo, o zen-budismo e o hinduísmo, no ocidente, passam, no final do século XX, por um período de crescimento.

Cristianismo - A Igreja Católica Apostólica Romana

A Igreja Católica Romana tem uma hierarquia elaboradamente organizada e centralizada de bispos e padres (todos celibatários). A autoridade do papa está baseada na doutrina da ‘sucessão petrina’, ou seja, os papas são considerados os herdeiros espirituais do poder conferido a São Pedro por Jesus.

A Igreja Católica Romana é caracterizada pela autoridade suprema do papa, conforme expresso na doutrina da infalibilidade papal, de 1870; mesmas as decisões normativas, que não são consideradas tecnicamente infalíveis, gozam de grande autoridade. A diferença entre o protestantismo e a Igreja Católica Romana está na importância que esta confere à tradição, ao lado da bíblia. A importância dos sete sacramentos e a celebração litúrgica se desenvolveu como parte das tradições da Igreja. A maioria dos fiéis segue o rito romano, mas há cinco outras tradições de rito oriental: a bizantina, a de Antioquia, a alexandrina e a arménia, abrangendo várias igrejas distintas.

Outro aspecto da tradição católica é a veneração à Virgem Maria. A Igreja mantém sua oposição ao divórcio, mas vem reconhecendo a necessidade de renovação e reforma. As ordens monásticas mantêm sua importância, mas outros movimentos laicos, como as ‘comunidades eclesiais de base’ latino-americanas, vêm ultimamente ganhando projeção.

Islamismo

O Islamismo é actualmente a segunda maior religião do mundo, dominando acima de 50% das nações em três continentes. O número de adeptos que professam a religião mundialmente já passa dos 935 milhões. Uma das quatro religiões monoteístas baseada nos ensinamentos de Maomé (570-632 d.C.), chamado “O Profeta”, contidos no livro sagrado islâmico, o Corão. A palavra islão significa submeter, e exprime a submissão à lei e à vontade de Alá. Seus seguidores são chamados de muçulmanos, que significa aquele que se submete a Deus.

O objectivo final do Islamismo é subjugar o mundo e regê-lo pelas leis islâmicas, mesmo que para isso necessite matar e destruir os “infiéis ou incrédulos” da religião. Segundo eles, Alá deixou dois mandamentos importantes: o de subjugar o mundo militarmente e matar os inimigos do Islamismo -- judeus e cristãos. A guerra no Kuwait, nada mais foi do que uma convocação de Saddam Hussein aos muçulmanos para uma “guerra santa”, também chamada de Jihad, contra os países do Ocidente devido à protecção dada a Israel. O “espírito” da liga muçulmana em unificar os países islâmicos e a demonstração do que podem fazer ficou bem patente aos olhos do mundo.

Judaísmo

Religião do povo judeu e, mais amplamente, o conjunto da cultura judaica em seus vários aspectos. Quanto ao aspecto estritamente religioso, o elemento central do judaísmo é o monoteísmo, sintetizado na oração que diz: “Ouve Israel: o Senhor é o nosso Deus, o Senhor é um.” O deus a que se refere às escrituras judaicas (o Antigo Testamento da Bíblia), é tido como o criador do mundo e de tudo que há nele, e estabeleceu uma aliança com o patriarca Abraão, da qual o povo judeu seria o herdeiro. A religião judaica, ao longo de sua história, também desenvolveu crenças milenaristas na vinda de um salvador ou messias, que inauguraria um novo tempo de paz e justiça, e reuniria novamente na terra de Israel o povo judeu, disperso pelo mundo.

Budismo

Uma das grandes religiões mundiais, com cerca de 300 milhões de adeptos, o Budismo inicialmente se desenvolveu a partir do hinduísmo, através dos ensinamentos de Sidarta Gautama (Buda) e seus discípulos (sangha), por volta do século 5 a. C., no norte da Índia. Graças a Líderes como Asoka (273-232 a.C.), que se converteu ao budismo e incentivou, assim, sua difusão, a nova religião proporcionou uma estrutura política estável em toda Índia. Gradualmente, o budismo se disseminou através da Ásia Central até a China, Coréia e Japão. Devido à sua diversidade linguística e amplitude geográfica, os ensinamentos, escrituras e observâncias budistas são complexos e muito variados.

O budismo não reconhece nenhum Deus Criador, detentor de todo conhecimento e poder; em vez disso, formula a Lei da Originação Dependente, segundo a qual todos os fenómenos estão ligados entre si numa infindável cadeia de interdependência. O budismo ensina que o sofrimento do mundo é causado pelo desejo, e este, por sua vez, é determinado pela ignorância; mas seguindo o caminho do Buda, e quebrando o elo que o desejo representa nessa cadeia, pode-se alcançar a libertação do ciclo eterno de morte e renascimento (samsara).

Hinduísmo

Com uma tradição milenar, o Hinduísmo é uma das mais antigas religiões de todas as religiões. Os hindus mantêm muitas crenças distintas, mas todas são baseadas na ideia de que nossa vida na terra é parte de um ciclo eterno de nascimentos, mortes e renascimentos. Toda pessoa renasce - ou reencarna - cada vez que morre. Contudo, se levar uma vida voltada para o bem, uma pessoa pode por fim conseguir libertar-se desse ciclo.

Hoje há mais de 745 milhões de hindus no mundo, a maioria dos quais vive no subcontinente indiano. Muitos hindus são vegetarianos, por causa de sua crença na reencarnação e da convicção de que todos os seres vivos são parte do mesmo espírito. Eles acreditam que animais e seres humanos devem ser tratados com igual respeito e reverência. Levar uma vida pacífica, estudar os textos antigos do hinduísmo, rezar e meditar são os meios utilizados pelos hindus para atingir seu objectivo, que é finalmente poder se identificar com Brahman ou Deus.



L23.24. Teste de avaliação.

L25. Entrega e correcção dos testes| auto valiação